Carybé

Quero tietar, em um post exclusivo e cheio de mimimi um dos meus ilustradores favoritos: Carybé. Com esse nome carregado de sopros e maresias caribenhas, Carybé foi encarregado de ilustrar as capas de alguns livros do Jorge Amado, García Marquez e Mário de Andrade.

Além das capas, Carybé me seduziu pelas ilustrações internas dos livros, pelos rabiscos em preto e branco, rostos subjetivos e traços vagos, mas principalmente pela precisão em retratar fielmente a essência das entrelinhas das páginas dos livros.

Olorogum

A trajetória do Carybé é tão rica e fantástica que, para mim, ele é quase um personagem fictício! Construí a imagem de um ilustrador baiano, criado nos terreiros de Candomblé. Certas vezes ele me parecia um caribenho mesmo, com sangue latino correndo em veias mágicas. Quando decidi pesquisar este ser, imaginário pra mim, descobri que ele nasceu na Argentina mas fincou raízes nos solos baianos, ou seja, deu pra captar um pouquinho de sua essência nos desenhos dos Orixás nos livros de Jorge Amado e nas representações de Macondo, do García Marquez.

Meme Buendía e Maurício Babilônia entre borboletas amarelas (Cem anos de Solidão)

Fiquei tão apaixonada pelas belezas que nasceram das mãos desse hermano que já separei um pedacinho do meu corpo para tatuar alguma de suas ilustrações, só me resta escolher qual. Eu, inocente, achando que ia inovar...mas não, o Carybé tocou a alma e a pele de muita gente e sua obra está eternizada não só nas páginas dos livros, mas no corpo de amantes do mundo inteiro!

Quer saber mais sobre esse pintor, gravador, desenhista, ilustradir, mosaicista, ceramista, entalhador e muralista? Sim, ele é tudo isso. Clica aqui no link da Enciclopédia Cultural do Itaú.

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